Quem não ouviu que as
consultas espirituais em um terreiro são magicas e especiais, repletas de
alegria e movimentos?
Muitas vezes buscamos estar mais próximo do divino apresentado pela religião de
Umbanda e pelo simples fato de não encontrar o divino dentro de nós mesmos. Por
esse motivo buscamos encontrar informações e direções para nossas vidas e
resolucionar problemas até então intransponíveis; seja sobre relacionamentos,
vida profissional, ou espiritual. Liberamos então uma grande carga emocional e
mental para o universo em pedidos de direcionamentos e somos direcionados para
templos e terreiros de umbanda em busca de respostas para nossas questões
pessoais ou massagear nosso ego quando há uma fuga.
O Objetivo espiritual das consultas é evoluir e dar um salto quântico em nossa
mente que muitas vezes é pequena e limitada. Somos então convidados pela
entidade nesse momento magico a olhar a questão apresentada pelo consulente por
um outro angulo, por um outro lado e mensurar a importância das adversidades em
nossas vidas e de como elas nos faz crescer, amadurecer e nos tornar mais
fortes diante dos obstáculos. Assim saímos de um consulta revigorados, com uma
nova visão sobre a vida e repletos de vontade de fazer diferente, de ser
diferentes, com o coração repleto de esperança.
A dica que recebemos dos guias em uma gira de Umbanda é, se permita vivenciar
esse momento de forma que sua mente ancore aqui e agora todos os seus sentidos
como, o olfato para sentir o aroma das ervas em combustão, a visão para perceber
o brilho nos olhos do Caboclo que canta e conta histórias de aldeia, a audição
para ouvir os pontos cantados e as orientações dos Guias a respeito da vida e
do mundo e para que fiquemos totalmente conscientes do momento magico que
perdemos ou não aproveitamos quando estamos mergulhados em preocupações, dores,
medos e pré julgamentos.
Chegou então o momento tão esperado pelos médiuns da corrente mediúnica, o
momento de dar passes e consultas:
Muitas vezes o médium acredita que a entidade pode tudo e por ela ser uma
entidade para ela não haverá consequências de seus atos e palavras lançadas em
suas consultas. Porem podemos afirmar que isso tudo é lenda e um grande erro
que é passado por gerações e gerações até você. Temos que lembrar um ponto
superimportante a respeito da consulta mediúnica que tem a participação total
do medium que doa temporariamente seu corpo e mente para que junto com seu Guia
que o influencia com sua s vibrações possa ser intermediário entre Deus e os
Homens no lindo trabalho de caridade os direcionando dentro da lei maior e
justiça divina com suas palavras amiga.
Temos que lembrar que quanto menos o médium se prepara com estudos a respeito
do tema espiritualidade, menos ferramenta ele terá em sua mente para oferecer
para seu guia trabalhar. Ex: Imagine que você consulente é a terra pronta para
cultivo, o médium é a ferramenta para o trabalho e os guias quem cultiva as
frutas, legumes e verduras, porem as ferramentas estão temporariamente presas
dentro do quarto de ferramentas e não podem ser usadas. Assim o Lavrador ( Guia
) vai até o quarto de ferramentas e percebe que não tem a chave para abrir o
quarto e não tem acesso as ferramentas ideais para o seu trabalho de cultivar
suas sementes. Assim, a terra se torna um desperdício de espaço, as sementes
com o tempo irão morrer, o lavrador além de se frustrar não poderá alimentar
centenas de famílias famintas e as ferramentas que nasceram coma missão de
servir e ser instrumento importante em todo processo estão paradas em um lento
percurso de alto destruição.
Por esse fato o médium deve ser constantemente sugestionado a buscar o
conhecimento e informações.
Quando o médium não tem conteúdo de informações em sua mente automaticamente
surge dentro dele o sentimento de insegurança e medo e dessa forma 2 coisas
ruins podem acontecer: 1 o Médium se auto bloqueia com dúvidas a respeito do
seu chamado e perde o interesse em dar continuidade no seu desenvolvimento mediúnico.
2 O médium se deixa levar por excesso de confiança nos guias, acreditando que o
mesmo vai se responsabilizar por tudo que for dito na consulta e ele nada tem a
ver com isso. Ambas a coisa com toda certeza acarretara em prejuízo para o médium
ou para o terreiro.
A importância da ética mediúnica e o desenvolvimento dos médiuns está baseada
no conhecimento, e o estudo e informação é a base para quem vai em busca de uma
orientação não saia de lá mais perdido e confuso que entrou. Ética mediúnica e
estudo doutrinário dentro do terreiro é lapidação para nossas almas e dessa
forma estaremos desenvolvendo em todo nosso corpo as condições exatas para que
ele perceba as vibrações, pulsos magnéticos, energias eletromagnéticas e
sugestões mentais passadas pelos nossos guias de forma clara e direta. Dar
passividade a nossa entidade é o ponto principal da questão, assim ela poderá
acoplar e se sintonizar com nossas vibrações, chacras e nossa mente
temporariamente alterada pelo transe induzido pelas entidades, defumações e ritualista
praticada. Agora, quando médium acredita que ele não é uma parte importante e
que ele não precisa fazer nada pela qualidade dos trabalhos é obvio que algo
vai dar errado. Por esse motivo temos banhos de ervas que trazem ao nosso campo
áurico a transmutação de energias somatizadas por nossos pensamentos, emoções e
atitudes desequilibradas na semana anterior ao trabalho de umbanda. Temos as
rezas e ritualísticas que abrem nossa gira no dia do trabalho a a intenção de
manter o equilíbrio no corpo mediúnico e a proteção para os consulentes que vão
aos trabalhos em busca de uma prece, de uma luz e de uma caridade. E mesmo com
todo esse preparo é comum vermos em alguns terreiros médiuns que não sabem as
questões mais básicas sobre a fé que pratica ou sobre os Santos - Orixás que
cultua, falando sobre questões que desconhecem como traições, fofocas, intrigas
e morte de entes queridos e é claro que isso vai dar problemas...
Vamos dar alguns exemplos:
Ética sobre informações nas consultas de relacionamentos.
Um relacionamento é um projeto espiritual planejado por nós e nossos mentores nas
colônias antes de nosso nascimento e antes de mais nada o principal objetivo é
transcender os conflitos do passado, quitar nossos débitos cármicos e aprender
a amar o nosso companheiro de encarnação que possui o mesmo objetivo. Porem
sabemos que isso não é tarefa fácil e encontraremos em nosso dia a dia diversos
transtornos e dificuldades que tem o objetivo de fortalecer a relação do casal,
fortalecer seus princípios e virtudes e assim construir uma base sólida para daí
em diante formar uma bela família. E quando falamos desses conflitos diários e
dificuldades que todos nós em determinado momento de nossas vidas passamos é
que vamos em busca de respostas ou direcionamentos para tal questão e temos a
esperança de resolvê-los pelo poder da fé. Quando chegamos nesses locais
acreditamos que os médiuns tem todo treinamento e desenvolvimento que lhes
trará segurança nas informações passadas e assim no momento da consulta nos
entregamos de corpo e alma para um desconhecido acreditando que estamos falando
com a entidade através de seu médium. A consulta começa e de repente escutamos
que existe um mega trabalho de magia negra sobre meu casamento, trabalhos que
foram ofertados para que ele me traísse e que certamente ele ou ela não era uma
pessoa boa para seguir junto comigo nessa vida. Ai eu te pergunto, qual o
objetivo dessa informação passada, qual o aproveitamento evolutivo que o
consulente vai tirar disso e outra, será que isso não vai geral brigas e
discuções que ela for pra casa? O Objetivo é relembrar as pessoas que existe
algo maravilhoso nas diferenças e que podemos aprender muito com elas, é
mostrar o lado positivo de tudo isso e ressaltar que existe o amor é paciente e
não arde em ciúmes, que em toda relação tanto o mérito quanto a culpa é das
duas partes e que não vítimas. Por isso fique atento para não influenciar no
atendimento e modificar as palavras dos guias, de passividade!
Da mesma forma se segue nos assuntos ligados a morte e tenho total certeza que
não é esse o objetivo dos guias. A umbanda é uma religião que crê na vida após
a morte, porém é totalmente focada no poder da vida e na belíssima oportunidade
de estarmos encarnados nesse momento e ter a oportunidade de acertar
dessa vez, mais sabemos que sempre tem um médium que adora falar que algum familiar
vai morrer se não fazer isso ou aquilo e adora passar diversas rezas e
trabalhos nos pontos de força da natureza. Saiba que quando der sua hora, (
Deu! ) não existe vela que te segure aqui, rsrsrsrs.
A nossa vida do lado de lá é consequência das atitudes que tivemos aqui e no
plano divino não enganos. Por isso que em muitas casa é totalmente proibido
esse tipo de informação, informação que só pertence a Deus e a ninguém mais!
O médium é um interprete das informações passadas pelo seu guia e não quem verdadeiramente
as passa, ele só recebe, codifica de acordo com seu vocabulário e informação e
repassa para o consulente, e ponto. Por isso se o médium tem o costume de
estudar sobre ervas, cristais, cromoterapias e velas, seu guia terá total
condições de passar essas informações que ele também conhece e conhece ainda
melhor que seu médium. Porem quando não estudo e dedicação por parte do médium
e quase 90% de suas consultas será passado o bom banho de manjericão e o pedido
para acender uma vela branca, e ponto. Não limite seu guia, de passividade e
saiba que você é um intermediário e não a própria entidade. O Filtro das
informações e influência do médium de forma positiva ou negativa está
totalmente ligado ao amor que ele coloca nessa caminhada de luz e quanto mais
amor ele depositar mais será a dedicação de se capacitar.!
Outro ponto importante nos atendimentos é o Livre arbítrio e escolha das
pessoas referente a forma que elas querem levar suas vidas e assim entendemos
que o guia não tem o direito de obrigar a pessoa a fazer algo ou seguir um
caminho diferente a sua vontade original. Sabemos que o guia sabe disso e
muitas vezes o médium não e tem a ideia limitada de direcionar o consulente
baseado no medo, assustando a pessoa que está diante dele com histórias
mirabolantes e ideias negativas que escravisão o pobre coitado.
Mais uma vez pedimos, de passividade e permita que o guia possa dar seus
conselhos de forma livre e pacifica, baseada no amor incondicional ensinado a
nós por Cristo e também deixar a pessoa livre para fazer suas escolhas quando
dali sair.
Consulta não é para gerar briga ou desordem e dessa forma temos que orar e
vigiar para que no momento da consulta estejamos livres de nossas crenças
limitantes e opiniões formadas sobre a vida ao nosso redor, do contrário
certamente estaremos destruindo vidas e impedindo que a missão e o objetivo da
umbanda de levar a paz e o amor aos corações seja totalmente desconfigurado
pelo nosso ego.
Entidade não é muleta para gerar dependência no consulente e tem a missão de
despertar a transformação dentro dele mesmo, mostrando o caminho e motivando a
pessoa a romper os próprios limites e limites externos!
Por isso a dica é, não transfira sua responsabilidade para a entidade e saiba
assumir as consequências dos seus atos!